Há duas coisas que algumas pessoas têm que ter em atenção, quando uma anedota é contada. Vou falar de anedotas, mas no acto de as contar. É apenas um alerta, que algumas pessoas devem ter noção.
Imaginem que o vosso amigo Lucas a meio duma conversa de grupo lança a questão:
-Onde é que os micróbios fazem surf?
Quem pergunta? O Lucas.
Quem responde? O Lucas! Quando alguém lança a piada num grupo, não é suposto responderem se souberem. Quanto muito digam apenas "Ah já sei. Já conheço". Se alguém responde (porque já sabe), o resto do grupo recebeu a informação dum sitio não desejado, e o inconsciente não estava preparado para se rir com isso. O grupo está todo concentrado na pessoa que lançou a pergunta, à espera de se rir com ela. Logo, percebe-se, mas não se acha piada.
Excepções: Se não souberem a resposta, é permitido todo o tipo de palpites.
Conclusão: Deixar o orador acabar a narração.
Outra é começar a piada pelo fim. Isso então não dá com nada. Perguntar sempre "Já sabem a dos micróbios?" ou "Já sabem a dos micróbios e do surf?". Nunca "Sabem a dos micróbios e [resposta]?" Porque depois faz-se a pergunta da anedota e as pessoas já sabem o fim e já não se riem, simplesmente percebem.
Excepções: Não há! (Toda a regra têm excepção. Isto é uma regra. Tem excepção. Logo, nem toda a regra tem excepção.)
Conclusão: Respeitar a continuidade espacio-temporal.
PS: No micro-ondas. (crédito para bigodes e miguel)
PPS: Percebem agora o que estou a dizer? Depois do texto todo, o vosso inconsciente já não estava à espera de se rir. Já tinha perdido noção da piada. A anedota deve ser contada por uma pessoa, e no curto espaço enquanto as pessoas estão preparadas para se rir.